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Acessando o Arquétipo do Guerreiro

De acordo com o site ManKind Project International, o qual se ocupa de pesquisas e partilhas com pessoas do mundo todo, sobre o comportamento e o modo de ser masculino, como forma de resgate do homem verdadeiro, não maculado pelo patriarcado, o que estudiosos como Robert Bly, Robert Moore, Douglas Gillette, George Groddeck, Gurdieff, Warren Farrell, Carl Jung, Joseph Campbell, Georges Dumézil, entre muitos outros, chamaram de masculino maduro, os homens de hoje estão carentes de energia guerreira.


Para esses estudiosos e homens interligados nessa rede de reconstrução do masculino, nós e nossos filhos fomos mal informados e mal educados, em todas as nossas vidas, de que a agressividade é algo ruim e que nós, homens, deveríamos apenas trabalhar para sermos "caras legais". Porém, verificaram que o que o mundo mais precisa, atualmente, é de homens que vivenciem o Arquétipo do Guerreiro.


O Guerreiro / a Guerreira é a energia interior que nos impulsiona a desafiarmos e a lutarmos por uma causa digna.


Segundo Georges Dumézil, trazemos em nós três visões de mundo, a saber: a real, a agrícola e a guerreira. Para ele, todos carregamos, dentro de nós, um DNA de guerreiro, de guerreira - quer isso nos agrade ou não. Dumézil diz que o guerreiro nos dota de um olhar que vê combate em tudo.


Para Robert Moore, em sua obra "Rei, Guerreiro, Mago, Amante - a redescoberta dos arquétipos do masculino" (Introdução), conteúdos inconscientes maculados pela sombra*, postulados por Carl G. Jung, têm raízes no patriarcado. Para ele, o patriarcado seria fundado no medo – medos típicos de criança, medos de masculino imaturo. Em sua percepção, Moore atesta que a criança tem medo tanto de mulheres, como também de homens – de homens de verdade. Se tais conteúdos não forem assumidos de forma madura, o que se tem é que


"os que se prendem às estruturas e à dinâmica desse sistema buscam dominar igualmente homens e mulheres.”


Como conseqüência, ter-se-ia crianças mal formadas, mesmo que pessoas em idade avançada. Ele defende que, ao contrário do que se possa pensar, a


"nossa sociedade é violenta não por causa de um excesso de masculinidade, mas sim devido a uma carência de masculinidade madura,"


cujos valores arquetípicos são formadores de uma psique soberana (Rei), protetora (Guerreiro), criativa (Mago) e amorosa (Amante).


Então, o que podemos fazer para acessar essa energia positiva do Guerreiro? Para o ManKind Project International, alguns caminhos seriam:


• Assistir a filmes sobre grandes guerreiros. Eles não precisam necessariamente ser filmes de guerra.


• Ler biografias sobre grandes guerreiros.


• Aprender uma arte marcial.


• Fazer algo que lhe mete medo.


• Aprender a tornar-se mais decisivo.


• Meditar. Especialmente sobre a morte.


• Parar de se lamentar. O Guerreiro é capaz de se desligar das opiniões dos outros para realizar sua missão.


• Encontrar seus valores fundamentais.


• Ter um plano e propósito para sua vida.


•Impulsionar sua adaptabilidade, fortalecendo sua resiliência.


• Estudar e praticar as habilidades necessárias para completar seus objetivos. Se isso for posto de liderança, programação de computador, ou ser carismático, tornar-se um mestre de seu afazer.


• Encontrar os princípios aos quais você é leal.


• Estabelecer alguns termos não negociáveis ​​e inalteráveis. E viver por eles.


• Fortalecer sua disciplina estabelecendo hábitos e rotinas diárias.


• Adotar uma filosofia minimalista.


• Otimizar sua vida.


• Simplificar sua alimentação.


• Sair de dívidas.


Agora, com base nessas informações, você pode perceber que não é por motivo diferente que este blog existe. Aqui, pela ótica do Guerreiro duméziliana, vê-se combate em tudo.


E é por isso que somos Cultura de Combate!



* Sombra: Segundo a psicologia junguiana, aquela parte de nós que pode ser tanto negativa, quanto positiva, a depender de nossa maturidade psíquica no relacionamento com ela. Em especial, a sombra revela nossas mais profundas fraquezas e impulsos obscuros, temidos, destrutivos. Mas que, por isso mesmo, nos dá a conhecer quem, o que e como realmente somos. Ou seja, a sombra é uma mestra interior que nos dá a oportunidade de nos encararmos a fundo, de lutarmos contra nosso maior adversário - nós mesmos -, e assim nos superarmos, para nos tornarmos pessoas melhores.




SANTOSHA

Max Müller C. Sobrinho

Educador Marcial

Combate: Flor X Asfalto

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